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Tratamentos silviculturais na qualidade da madeira

Tratamentos silviculturais na qualidade da madeira

De um modo geral, pode-se melhorar, modificar, controlar ou minimizar os fatores que afetam a qualidade da madeira por meio de tratos silviculturais. Os tratamentos silviculturais mais empregados na cultura de Eucalyptus, no Brasil, com o intuito de alterar a qualidade da madeira são o espaçamento, fertilização, controle de pragas e plantas invasoras, desbastes e podas.

A) Fertilização

As alterações nas condições de crescimento devido à aplicação de fertilizantes ou qualquer outro tratamento silvicultural são freqüentemente associadas a alterações na qualidade da madeira. A aplicação de fertilizantes em povoamentos florestais pode acarretar alterações na densidade da madeira e, consequentemente, nas propriedades físico-mecânicas. Aumenta o crescimento e a resistencia da árvore.

B) Espaçamento

Para cada finalidade da madeira existe um espaçamento adequado. A condensação das árvores faz com que tenha grande crescimento no entanto o diâmetro fica comprometido. O espaçamento maior no estilo 3 x 2 mts é recomendado para produção de lenha, estacas, mouroes, escoramento e celulose. Para serraria o espaçamento será maior isso faz com que as árvores tenham um bom diametro.

C) Desbastes

A produção tradicional de madeira de eucalipto no Brasil tem-se utilizado do sistema de corte aos 6 ou 8 anos, seguido da condução de rebrota, por mais uma ou duas rotações. O principal mercado dessa madeira são as empresas que a transformam em celulose e papel, chapas e carvão vegetal para uso siderúrgico. Produzida em alta escala para atender à demanda acelerada desse parque industrial, quase não houve espaço para o desenvolvimento de florestas de eucalipto que visassem à produção de madeiras para serraria e laminação. Este uso difere bastante daquela produção para a indústria de transformação em móveis, pisos, peças estruturais, assoalhos, painéis etc. pelo fato básico de que a madeira é utilizada na sua forma integral, preservando as suas características de aparência e versatilidade.

Os desbastes são cortes parciais feitos em povoamentos imaturos, com o objetivo de estimular o crescimento das árvores remanescentes e aumentar a produção de madeira de melhor qualidade. Entende-se como melhor qualidade árvores de maiores dimensões, possibilitando a utilização em produtos sólidos, como serraria e laminação.

Fonte: REMADE – Revista da Madeira

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